Lyristes plebejus (Scopoli, 1763)

    © Grabación realizada por J.A.Quartau
botella con zoom

Foto 1. Castelo de Vide, 2 de Julho de 1990 (foto J.A.Quartau).
Use o cursor como uma lupa na imagem

botella con zoom

Foto 2. Serra de Aire, 16 de Julho de 2006 (foto J.A.Quartau).
Use o cursor como uma lupa na imagem

botella con zoom

Foto 3. Ourém, 21 de Julho de 1990 (foto J.A.Quartau).
Use o cursor como uma lupa na imagem

botella con zoom

Foto 4. Alburitel (Ourém), 21 de Julho de 1990 (foto J.A.Quartau).
Use o cursor como uma lupa na imagem

botella con zoom

Foto 5. Coleção de L. plebejus de finais da década de 60 e dos anos 70, altura em que esta espécie ainda era muito abundante em localidades do centro do país (col. J.A.Quartau).
Use o cursor como uma lupa na imagem

É a maior cigarra ocorrendo em Portugal, nomeadamente no centro do país, onde há anos era abundante em vários biótopos, mas que ultimamente se tem tornado rara. Na década de sessenta e inícios de setenta, por exemplo, ainda a encontrava em grande número em oliveiras (Olea europeae) e até em milheirais (Zea mays) e vinhas (Vitis vinifera) em algumas localidades do centro do país, onde hoje desapareceu quase completamente como resultado de práticas agrícolas desadequadas, com recurso abusivo a pesticidas e herbicidas (foto 5).

Distribuição- Colhida pelo autor ou citada para o Baixo Alentejo (Serra do Mendro), Alto Alentejo (Castelo de Vide, Marvão, Portalegre), Estremadura (Monte da Caparica, Serra da Arrábida), Ribatejo (Soure, Tomar) e Beira Litoral (Alburitel, Leiria, Vila Nova de Ourém, Serra de Aire).

Ecologia- Em bosques abertos, olival e “garrigue”, normalmente pousada em árvores como a oliveira (Olea europeae), o pinheiro (Pinus pinaster) e a azinheira (Quercus rotundifolia), sendo no passado frequente, por exemplo, em milheirais (Zea mays) e vinhas (Vitis vinifera).

Notas - Machos emitem sinais acústicos desde Junho até fins de Agosto, os quais consistem numa série contínua de longas frases distintamente moduladas em amplitude. Cada frase compreende um aumento inicialmente rápido em amplitude do sinal, que passa a ser depois mais ou menos constante e que, a certa altura, mostra uma diminuição lenta e progressive na intensidade. Em exemplares estudados, a frase variou entre 12 a 13 seg., com uma fase inicial de 1-2 seg.
Trata-se de uma espécie de certo modo carismática, pois para além de ser a maior que ocorre em Portugal, Espanha e na Europa é a que produz a timbalização de maior intensidade. Para além do sinal ser produzido pelos tímbalos, esta cigarra produz ainda modulação secundária através do movimento do abdómen que abre e fecha a abertura que dá acesso à cavidade por baixo dos opérculos.